terça-feira, 2 de março de 2010

O CONSUMO DESMEDIDO

Numa altura em que se fala, ou melhor, se falou muito da importância dos 3 R's
(Reutilizar, Reciclar e Reduzir), iniciativa promovida, divulgada e em execução pela Secretaria do Ambiente e Recursos Naturais, venho agora passados alguns anos, referir a importância que cada vez mais tem a redução do consumo (assim como, também claro, a reutilização dos materiais!). Um pouco ao contrário do que acontece hoje em dia com a reciclagem! Digo isto porque defendendo estes três conceitos, que para alguns são modernos e ficam bem, verifica-se ao mesmo tempo um fenómeno associado e curioso nas empresas de produção, que é o paradigma de um maior consumo na produção precisamente de produtos recicláveis. Estejamos atentos, é ou não verdade, que se vende melhor um produto que eventualmente tem o mesmo preço mas é reciclado! A indústria aproveita-se de tudo!
E em tudo tira-se benefícios e desvantagens!... A meu ver, a desvantagem mais evidente foi a defesa de três princípios que na sua base estão correctos, havendo, no entanto um princípio (que a é a Redução) que é muitas vezes desequilibrado por um outro defendido (que é a Reciclagem). Ou seja, consome-se mais hoje em dia por se ter criado uma espécie de “Reciclo mania”. É um contra-senso! Penso, ou melhor tenho a certeza, que a forma onde podemos ajudar melhor o Ambiente no que concerne ao tratamento de resíduos sólidos, águas lixiviantes… e outros, é na redução ao produzir. Evita-se por conseguinte, reciclar e reutilizar maior quantidade de materiais.
Primeiro, convido o leitor a fazer uma visita à Estacão de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra. Garanto que ninguém sairá indiferente!
Segundo, finalizo com esta frase para reflectir: a Noruega há treze anos seleccionava já sete ou oito tipos de lixo diferentes!
É com pequenas sensibilidades que nos tornamos mais sensíveis!

O Encarregado de Educação

João Rodrigues

1 comentário:

  1. É uma boa perspectiva, sem dúvida. De facto, hoje em dia fala-se tanto do "R" de reciclagem que, concordo, tal acaba por se tornar contraproducente, na medida em que, muitas vezes, tal situação só vem incentivar ao consumo, ainda que de uma outra gama que se tornou já quase uma "moda": os produtos reciclados. Neste momento, mais do que reciclar, é imperiosa uma aposta incisiva e determinada nos outros dois "Rs" (redução e reutilização) já que a quantidadade de lixo que produzimos "per capita" é extremamente elevada, nomeadamente aqui na Madeira (cerca de 2,5 kg /pessoa / dia).

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